Painel de três metros quadrados na Estação Luiz Pasteur apresenta obra do artista plástico e designer Ale Maia e Pádua.
Às vésperas de completar 34 anos de operação do metrô – a inauguração da linha foi em 2 de março de 1985 –, a Trensurb apresenta ao público usuário a obra Os cavalos, do artista plástico e designer Ale Maia e Pádua. O painel de três metros quadrados foi instalado nesta quarta-feira (27), no saguão da Estação Luiz Pasteur, junto às bilheterias, onde ficará exposto de forma permanente. A peça é uma homenagem ao município de Sapucaia do Sul.
A escolha dessa estação aconteceu há cerca de dois anos, quando o artista percorreu o sistema metroviário. “Lembro que foi amor à primeira vista; bati o olho e sabia que ‘queria’ aquela estação”, afirma Ale Maia. Mas o que seria diferente naquele estação que inspirou o artista? “Acho que eram as árvores ao redor e a calma do lugar, era agradável estar ali”, define ele.
O painel tem como elemento central os cavalos, trabalho que muito revela do traço do artista. Ale Maia explica que eles simbolizam a origem da cidade, com suas fazendas; já as folhas e os figos fazem referência à Figueira Torta, símbolo do município. “Dentro dos olhos dos animais há uma silhueta do Morro do Chapéu, que é mais uma alusão à geografia da região”, relata.
Sobre o artista
Ale Maia e Pádua é natural e morador de Niterói (RJ) e graduado em design pela Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) de Porto Alegre. Ele já apresentou quatro exposições de arte aos usuários da Trensurb.
A primeira foi em 2015, no Espaço Multicultural Livros sobre Trilhos,
Entre Linhas e Paineis, uma série de obras em grafite e ilustrações.
Na sequência, em 2016, ele expôs pela primeira vez na Galeria Mario Quintana, na Estação Mercado:
Onde Há Dor, Há Vida!, uma obra composta de sete ilustrações num estilo baseado em referência urbana, traços orgânicos, alto contraste e forte presença do traço negro, com uma visão otimista da dor como uma espécie de pedido de mudança.
Em 2017, no mesmo local, foi a vez de
Viver é lutar, um trabalho que destaca o quadro
RIO 1567, trazendo uma abordagem artística da Revolta dos Tamoios e da França Antártica, dois episódios históricos importantes para a formação do Rio de Janeiro e do Brasil como o conhecemos.
No momento, até 10 de março, ainda é possível conferir
Finício, uma obra com diferentes técnicas e materiais, como acrílico e aquarela, desenvolvidas a partir de diversos conceitos e vivências, entre eles, a filosofia budista que diz que tudo se inicia a partir de um fim. Soma-se a isso a experiência vivida pelo autor numa viagem que partiu do Rio de Janeiro em direção ao “Fin del Mundo”, como é conhecida a cidade mais austral do planeta, Ushuaia.
Novos espaços culturais
Além desse novo painel na Estação Luiz Pasteur, no mês de aniversário de 34 anos de operação do metrô, a Trensurb deverá inaugurar mais duas iniciativas socioculturais: a unidade Novo Hamburgo do Espaço Multicultural Livros sobre Trilhos e uma nova galeria para exposições na Estação Rodoviária, em parceria com o Sesc Porto Alegre.
A nova unidade da biblioteca na Estação Novo Hamburgo estende o serviço já prestado na Estação Mercado, ampliando a possibilidade de acesso à leitura pelos usuários do metrô. “A parceria com a Superintendência de Desenvolvimento Comercial, ao ceder esse espaço nobre no saguão de entrada de estação, facilitará demais a visibilidade e a promoção do local; pretendemos ter uma ampla programação cultural e fortalecer os laços com a comunidade do município”, destaca o gerente de Comunicação Integrada da Trensurb, Jânio Ayres.
Já a nova galeria na Estação Rodoviária é inspirada na consagrada Galeria Mario Quintana, da Estação Mercado, e as exposições serão realizadas em parceria com o Sesc Porto Alegre. Jânio afirma que “o local também é privilegiado, pois, ao descer as escadas de acesso à plataforma de embarque, os usuários já terão uma visão completa do espaço”. Para o gerente, a parceria com o Sesc é a certeza de uma programação qualificada e ainda mais visibilidade para a divulgação das exposições.
Foto: Wellington Marques/Trensurb