Localizada na Estação Mercado da Trensurb, a Galeria Mario Quintana recebe, a partir desta terça-feira (31), uma nova exposição destacando obras que são parte da Coletânea dos Artistas Gaúchos – projeto da empresa metroviária que procura dar visibilidade à produção de artes visuais no estado por meio das redes sociais e dos monitores presentes em trens e estações. Em cartaz até 4 de julho, a exposição apresenta trabalhos das artistas Liana Timm, Zoravia Bettiol e Clara Pechansky.
A Coletânea dos Artistas Gaúchos busca levar uma amostra da produção artística gaúcha contemporânea a um público que não tem o hábito de frequentar os espaços tradicionais de exposição de arte. Mensalmente, desde janeiro, os perfis nas redes sociais da Trensurb e do Espaço Multicultural Livros sobre Trilhos – a biblioteca do metrô – divulgam três obras de cada um dos 14 artistas participantes do projeto. As obras também são veiculadas nos monitores do Canal Você (presentes em trens e estações), que apoia a Coletânea. A curadoria é do poeta e assessor da Trensurb, Élvio Vargas, da artista multimídia Liana Timm e da professora Dione Detanico.
Élvio Vargas destaca que a Trensurb conta com mais de 200 mil seguidores somados entre seus perfis nas redes sociais, além do alcance do Canal Você, presentes nos trens e estações por onde passam mais de 100 mil passageiros diários. Conforme Vargas, com a Coletânea, esses canais “estarão mostrando a qualidade destas obras para nossos seguidores e os viajantes do trem, num dos melhores conjuntos de amostragens até então feitos por uma instituição. Toda esta arte estará se transformando em exposições na Estação Mercado”. Serão, no total, cinco exposições, produzidas com o apoio do Sesc-RS, parceiro da Trensurb na manutenção da Galeria Mario Quintana. Cada exposição irá destacar os trabalhos de dois ou três artistas participantes da Coletânea. “A ideia de materializar estes conteúdos artísticos em painéis físicos e expô-los na Estação Mercado possibilita que os milhares de viajantes, ainda que apressados no seu ir e vir, tenham contato com um tipo de produto que raramente eles veriam, a não ser em nossas bienais acontecendo nos museus”, afirma Vargas. “É a democracia total e irrestrita alcançando o espaço público! O verdadeiro lugar para todas as linguagens. Só a arte salva!”, completa.
Artista multimídia, arquiteta, poeta e designer, Liana Timm é também uma das curadoras da Coletânea dos Artistas Gaúchos. Nasceu em Serafina Corrêa, no interior do estado, mas adotou Porto Alegre como seu lar. Tem mais de 40 livros publicados, cerca de 70 exposições individuais e participou de mais de 100 coletivas, recebendo diversos prêmios e, em 2008, o título de Cidadã Honorária de Porto Alegre, da Câmara Municipal. Dirige a Território das Artes Editora, especializada em artes visuais, literatura e ciências humanas. Segundo ela, os trabalhos escolhidos para a Coletânea foram criados durante a pandemia: “Fiz mais ou menos 100 desenhos e destaquei estes três por entender que eles contêm parte das características do meu estilo de criar. Contraste cromático e de ambientação bem como o diálogo das figuras humanas com o contexto do trabalho”.
Artista plástica, designer e arte-educadora, Zoravia Bettiol nasceu em Porto Alegre, em 1935. Participou de mais de 150 exposições individuais e 400 coletivas, desde 1959, na América do Sul, Europa, Estados Unidos e Japão. Suas obras estão em acervos de alguns dos principais museus e centros culturais do mundo, como o Brooklyn Museum, em Nova York, o Kunstindustriemuseet, em Oslo, Gabinet des Estampes Bibliothéque Nationale, em Paris, e o Museum of Modern Art, em Kyoto. Recebeu os prêmios: ABCA 2018, na categoria Homenagem pelo conjunto da obra; Prêmio Lideres e Vencedores 2012, categoria Expressão Cultural, da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul e Federasul; 2º Prêmio Joaquin Felizardo, em Artes Plásticas, em 2008; Comenda Pedro Weingärtner, por serviços prestados à comunidade, concedido pela Câmara de Vereadores de Porto Alegre, em 2002. Foi homenageada em 2015 com a criação do Instituto Zoravia Bettiol, que preservará sua arte além de difundir cultura e artes visuais. Para integrar a Coletânea, a artista selecionou três obras da série Sentar, Sentir, Ser. “A forma escolhida para concretizar essa proposta artística constitui uma série de fotografias, nas quais 27 ações constituíram uma síntese das centenas de ações envolvidas com o sentar, nas quais o humor e o lúdico mantêm-se, perpassando toda a obra”, diz Zoravia.
Bacharel em Pintura aos 19 anos, com Medalha de Ouro, pela Universidade Federal de Pelotas (UFPEL), Clara Pechansky começou sua carreira profissional em Porto Alegre, trabalhando para jornais e agências de publicidade. Produziu mais de 80 capas de livros e ilustrações para diversos fins. Licenciada em Desenho e História da Arte, e especializada em Educação Audiovisual pela UFRGS, fundou o Atelier Clara Pechansky em 2001, onde ministra aulas de Desenho e Pintura. Trabalha em diferentes técnicas, como desenho, gravura, litografia e pintura. Realizou 70 exposições individuais em galerias e museus do Brasil, Bélgica, Colômbia, Alemanha, Espanha, Holanda, Portugal, México e Estados Unidos. Selecionada e convidada para mais de 200 exposições coletivas, premiada e homenageada em muitos países, atua também como gestora social e cultural no Brasil e América Latina. Criou, em 2003, o Projeto Miniarte Internacional, que, depois de 40 edições, já percorreu cinco continentes. Em 2018, criou o Projeto Fiesta de Paz Brasil, agora em sua quinta edição. Em 2021, iniciou o ciclo de exposições Duas Mulheres de Fino Traço, com Liana Timm, sua parceira em diversos outros projetos culturais. Para integrar a Coletânea, a artista selecionou três obras em acrílico sobre tela, do ano de 2018, intituladas Senhora da Floresta, Senhora da Harmonia e Senhora de Gramado. “Busquei escolher imagens fáceis de serem compreendidas e que permitem que cada espectador crie sua própria narrativa”, explica Clara.
Mantida também em parceria entre Trensurb e Sesc-RS, a Galeria Xico Stockinger, na Estação Rodoviária do metrô, está recebendo a exposição Arqueologia do Caminho, de Leandro Machado. Arqueologia do Caminho é um projeto de diálogo e de investigação sobre o processo criativo do artista, surgido da intenção de tornar a caminhada, que é processo, em obra. Numa expedição artístico-antropológica, Machado traçou sua rota por uma “outra” Porto Alegre, percorrendo as zonas Norte, Leste e Sul, perdendo-se na cidade a fim de encontrar outras pessoas, outros animais e uma natureza sem ajardinamento utilitário, buscando desmistificar parte do imaginário construído à base de achismos. Esse projeto resultou em exposições, ações culturais e um livro. Agora, registros dessa expedição do artista estão em cartaz na Galeria Xico Stockinger, onde permanecem até 4 de julho.
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