Por meio do Espaço Multicultural Livros sobre Trilhos – a biblioteca do metrô –, a Trensurb está promovendo a Coletânea dos Artistas Gaúchos, projeto cultural que busca destacar a produção dos artistas visuais do estado, dando visibilidade ao seu trabalho para um público que não tem o hábito de frequentar os espaços tradicionais de exposição de arte. Os perfis nas redes sociais da Trensurb e do Espaço Multicultural divulgam, mensalmente, três obras de cada um dos 14 artistas participantes da Coletânea. As obras também são veiculadas nos monitores do Canal Você (presentes em trens e estações), que apoia o projeto. A curadoria da Coletânea é do poeta e assessor da Trensurb, Élvio Vargas, da artista multimídia Liana Timm e da professora Dione Detanico.
Nesta retomada, a Coletânea destaca três obras da artista Graça Tirelli: Meu nirvana, Over Rock e I Love my Pet, pinturas em acrílico sobre tela, produzidas em 2018 e 2019. Nascida em Alegrete, Graça gradou-se em História e Filosofia, cursou Estética da Arte, Pintura e Aquarela e Pintura Mural. Graça Tirelli faz parte do elenco que recupera o mito e o transforma em arte. Os símbolos que registra e renova com a sua invenção são pintados como inscrições. Em sua trajetória, foi contemplada com 13 premiações regionais, nacionais e latino-americanas. Tem em seu currículo 23 exposições individuais e 60 exposições coletivas nacionais e internacionais, além de cinco exposições virtuais ao longo de 2020 e 2021.
Confira a seguir a entrevista que realizamos com ela a respeito da participação no projeto e sua obra.
Desde quando tu produzes arte? Como foi tua trajetória?
Graça Tirelli - Sempre trabalhei, desde jovem, com desenho e pintura, faz parte da minha vida. Mas foram ciclos que intensifiquei, mais ou menos, durante este tempo. Anos 90, trabalhei bastante e, depois, a partir de 2016, praticamente profissionalizei meu trabalho de pintura. Isso quer dizer trabalhar diariamente, 10 a 15 horas por dia.
Qual é a tua grande inspiração artística?
Graça Tirelli - A minha inspiração é a Humanidade e seus arquétipo, sua diversidade, suas identidades, em cada cultura.
Como é teu processo criativo?
Graça Tirelli - Algo me chama a atenção, em um dado momento e depois esses elementos são trabalhados, pesquiso sobre e desenvolvo, na pintura, a minha maneira de ver e sentir.
O que gostas de abordar em tuas artes?
Graça Tirelli - Abordo uma gama de elementos humanos e culturais, simbolismos, sensações que me fazem sentir viva e me instigam a buscar algo novo e original na execução do meu trabalho de arte. Adoro desafios!
O que motivou a escolha das artes para a Coletânea? O que elas significam para ti?
Graça Tirelli - A escolha da série Vitrines do Rock, foram os elementos que fizeram parte de uma mudança profunda da nossa sociedade, transformaram as gerações subsequentes em inúmeros aspectos: música, arte, cinema, moda, enfim... Nossa maneira de ver e aceitar o diferente, dando uma abertura maior, no pensamento e no jeito de sermos como cultura contemporânea. Significam a minha experiência, vivência de modo simultâneo deste movimento.
Como tu vês a Coletânea dos Artistas Gaúchos?
Graça Tirelli - Penso que é uma iniciativa de vital importância, para que o público em geral e especificamente que frequenta a Trensurb, tenha acesso a arte, conheça alguns artistas gaúchos, suas leituras de mundo, democratizando e popularizando a arte.
A força telúrica da fronteira, com sua gente fortemente miscigenada, movimenta e influencia tua pintura?
Graça Tirelli - A vivência na Fronteira abre caminhos de percepção e sensibilização, as raízes são fortes, mas flexiveis e isto gera uma mescla de sensações que de toda a forma influencia, sim, minha expressão pictórica.
Essa inserção de várias personas, transitando na tua obra - simultaneamente - remete para os recortes da vida cotidiana do interior?
Graça Tirelli - Estes caminhos que percorro na pintura, como identidades que perpassam locais, se apresentam, como escolhas, a simbologia em objetos pessoais, identificação e posicionamento dentro de uma sociedade idealizada e individualizada.
Em algum momento o “bucolismo campesino “estimula a tua criação?
Graça Tirelli - Sempre me estimula a repensar, a reavaliar, me deixa em uma condição de reflexão de que novos caminhos posso seguir em mim mesma e na minha arte.
Se teus quadros fossem alinhados - numa linha de tempo - eles remeteriam para as melhores “cenas da tua estória em quadrinhos"?
Graça Tirelli - Certamente, eles contam a minha estória de todos estes anos, minha preocupação da perda das identidades, em um mundo tão globalizado, das lúdicas cartas e cartões postais, e hábitos que se perdem, e línguas que perecem e idiossincrasias que desaparecem e tudo que se torna raso e uniforme, sem vida própria ou sem pluralidade, onde a multiplicidade se homogeniza. Busco através da Arte este resgate e se minha vida fosse uma estória em quadrinhos seria de rastrear, vasculhar, as culturas humanas e suas simbologias, normas e valores perdidos na nossa sociedade contemporânea e descartável.
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