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COLETÂNEA DOS ARTISTAS GAÚCHOS: MARIA CLARA LEIRIA

Confira a entrevista que realizamos com a artista participante da Coletânea sobre sua obra e a participação no projeto.
14/03/2023

Por meio do Espaço Multicultural Livros sobre Trilhos – a biblioteca do metrô –, a Trensurb está promovendo a Coletânea dos Artistas Gaúchos, projeto cultural que busca destacar a produção dos artistas visuais do estado, dando visibilidade ao seu trabalho para um público que não tem o hábito de frequentar os espaços tradicionais de exposição de arte. Os perfis nas redes sociais da Trensurb e do Espaço Multicultural divulgam, mensalmente, três obras de cada um dos 14 artistas participantes da Coletânea. As obras também são veiculadas nos monitores do Canal Você (presentes em trens e estações), que apoia o projeto. A curadoria da Coletânea é do poeta e assessor da Trensurb, Élvio Vargas, da artista multimídia Liana Timm e da professora Dione Detanico.

Neste mês, a Coletânea destaca obras da Maria Clara Leiria. Natural de Pelotas, Maria Clara foi professora de artes em escolas estaduais de primeiro e segundo grau em Alegrete e Bagé, com formação pela UFPel. Pós-graduada em Artes Visuais pela URCAMP, de Bagé, dirigiu o Museu de Gravura Brasileira, da mesma instituição. Organizou e coordenou cursos para o projeto de artes plásticas do Dança Alegre Alegrete em pintura, escultura e gravura em metal. Ministrou aulas de pintura e desenho na Faculdade de Arte da URCAMP. Fez cursos de pintura e porcelanato com Berenice Unikowsky, Clara Pechanski e Carlos Wladimirsky, curso de escultura em mármore e gravura em metal pela Universidade de Cuba. Realizou diversas exposições individuais e coletivas em Porto Alegre, Bagé, Pelotas e Alegrete e participou de salões em Montenegro, Bento Gonçalves e Santana do Livramento. Atualmente, desenvolve seu trabalho no Ateliê Leiria.

Confira a seguir a entrevista que realizamos com ela a respeito da participação no projeto e sua obra.

Desde quando tu produzes arte? Como foi tua trajetória?
Maria Clara - Pinto desde 1985. Me formei em 1971 na UFPel. Primeiro atuei como professora de segundo grau, mas senti que necessitava ter o meu trabalho de pintura, até para os alunos era importante. Em 1985, por um empurrão da artista Berenice Unikowsky, comecei a desenhar e depois pintar. 

Qual é a tua grande inspiração artística?
Maria Clara - O artista que mais gosto e que mais me influenciou e influencia até hoje é Iberê Camargo.

Como é teu processo criativo?
Maria Clara - Escolho as tintas e o acaso me leva a forma figurativa ou abstrata.

Qual o papel da cor na tua obra? E porque as mulheres, na maioria das vezes, são o tema das tuas pinturas?
Maria Clara - Monocromático ou policromático, depende do motivo ou da ocasião. Sou amante da cor. A cor me domina, por isso o meu trabalho é bastante colorido. A mulher, talvez por ser mulher, me serve como inspiração.

Na tua estada alegretense, sentiste a influência dos pintores que viveram por lá, como Paulo Houayek, Júlio Moura, Gertrudes Bado, entre outros?
Maria Clara – Não. Desses artistas, nenhum me influenciou. Gosto deles, mas não têm influência na minha trajetória.

O que motivou a escolha das artes para a Coletânea?
Maria Clara - Por serem as últimas com papel artesanal, diferente da tela. Foi por isso que escolhi.

O que elas significam para ti?
Maria Clara - Uma produção única parida por mim num momento de criação.

Como vês a Coletânea dos Artistas Gaúchos produzida pela Trensurb?
Maria Clara - Iniciativa muito significante essa da Trensurb. Acho que a arte tem que estar em todos os lugares e, principalmente, onde o povo está. Sair das galerias. E a Trensurb, eu acho que é um lugar excelente pra mostrar a arte e pra divulgar inclusive o artista.



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