Mobilidade das pessoas com deficiência física foi assunto de evento direcionado ao público interno da empresa.
Em alusão ao Dia Nacional da Pessoa com Deficiência Física, celebrado em 11 de outubro, a Trensurb promoveu nesta quarta-feira (11), por meio de seu Núcleo de Apoio à Diversidade, uma roda de conversa direcionada ao seu público interno a respeito do direito à mobilidade das pessoas com deficiência física. Foram convidados a falar sobre o tema: Adilso Corlassoli, membro da União de Cegos do Rio Grande do Sul (UCERGS), Nelson Khalil, membro do Conselho Municipal dos Direitos das Pessoas com Deficiência de Porto Alegre (Comdepa) e o arquiteto do Setor de Projetos e Obras Civis da Trensurb, Tiago Zulian.
O Dia Nacional da Pessoa com Deficiência Física tem como objetivo conscientizar a sociedade e chamar a atenção para a necessidade de se tomar medidas que promovam o bem-estar social, qualidade de vida e assegurem os direitos das pessoas que vivem com algum tipo de deficiência física. Adilso Corlassoli considera que, ao longo dos anos, houve muitos avanços nesse sentido, mas ainda assim é preciso trazer o assunto ao debate: “É preciso que nós, pessoas com deficiência, falemos sobre a importância de nossas pautas e lutas, sobre o que precisamos. Eu considero que, ao longo do tempo, nós tivemos avanços dos diretos das pessoas com deficiência, mas ainda temos um longo caminho a ser trilhado, por isso eu peço que consigamos uma sociedade mais justa e mais inclusiva”.
São consideradas pessoas com deficiência física aquelas que têm impedimento de longo prazo de natureza física, os quais podem impedir ou dificultar sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdades de condições com as demais pessoas. Durante o evento desta quarta-feira, o convidado Nelson Khalil falou da importância da acessibilidade para essas pessoas e também aquelas com outros tipos de deficiência: “Nós temos pessoas com deficiência visual, auditiva, intelectual, físicas e assim vai, e todas elas precisam ter a acessibilidade necessária”. Ele também comentou a respeito da forma correta de se referir a essas pessoas: “O correto é ‘pessoa com deficiência’, mas eu não sou deficiente, quem é deficiente é o ambiente, é a sociedade preconceituosa. Eu posso fazer qualquer coisa, desde que não me ponham uma barreira na frente”.
Vale lembrar que, em dezembro do último ano, foram concluídas obras de modernização e adaptação às normas de acessibilidade em 12 estações do metrô, além da recuperação de passarelas e terminais de integração de cinco estações com investimento do governo federal no total de R$ 7,86 milhões. Alguns dos serviços inclusos foram instalação de elevadores, recuperação da pintura, reforma de sanitários (incluindo adaptação para pessoas com deficiência), instalação de portas automáticas de acesso, adequação de corrimãos às normas de acessibilidade e plano de prevenção contra incêndio (PPCI), instalação de piso podotátil e ajustes na comunicação visual. A empresa segue trabalhando permanentemente para garantir condições de acessibilidade e viabilizar a execução de eventuais adequações necessárias, mesmo porque as normas estão em constante evolução.