O dia 1° de agosto marcou o ingresso da Trensurb no mercado de energia livre em três subestações de energia - o contrato prevê o recebimento em quatro, porém duas das cinco subestações da empresa estão inoperantes após serem atingidas pelas enchentes. A previsão é ampliar para cinco subestações até o fim do ano, após a recuperação das que estão inativas, com a inclusão das subestações Fátima e Farrapos.
Após estudos realizados por empresa de consultoria de energia, contratados em 2019, a Trensurb deu início ao processo de migração do mercado regulado ao ambiente livre para a energia usada na tração das composições do metrô. As vantagens dessa modalidade incluem: economia financeira, com negociação de preços mais vantajosos; previsibilidade orçamentária, com valores, reajustes e prazos estabelecidos contratualmente; valores sem diferenciação em horários de ponta e fora de ponta e sem influência do sistema de bandeiras tarifárias.
De acordo com o superintendente de Desenvolvimento e Expansão, Francisco Vicente, a economia obtida pela contração da energia limpa vai permitir a diminuição dos repasses que a empresa recebe do governo federal. "Além do reflexo econômico, estamos contratando o recebimento de energia de fonte limpa, isso significa que a Trensurb está dando mais um grande passo para se tornar uma empresa verde e apoiar a preservação do planeta neste processo de transição energética", reforçou o superintendente.
A Trensurb optou pela contratação de energia de fonte incentivada, proveniente de recursos renováveis, como aquela gerada por usinas de energia solar, eólica, biomassa ou pequenas centrais hidrelétricas. A aquisição de energia de fontes incentivadas também conta com 50% de desconto na tarifa de uso dos sistemas elétricos de distribuição.
A Trensurb prevê que, tão logo seja retomada a operação plena, se amplie a migração ao mercado de contratação livre para utilização nas estações do metrô, na bacia metroferroviária, nas oficinas e no prédio administrativo, incrementando ainda mais a economia que será obtida.
Diferenças
Existem dois ambientes de contratação de energia elétrica no país: no regulado, o consumidor adquire a energia da distribuidora a cuja rede esteja conectado, conforme tarifa regulamentada na qual estão inclusos os custos da transmissão e distribuição; no ambiente livre, o consumidor pode estabelecer contrato bilateral de compra de energia de qualquer fornecedor, conforme regulamentação específica, negociando livremente a tarifa, enquanto a distribuição é contratada separadamente.