Aconteceu na quarta-feira (5) a transmissão de cargo da Presidência da
Trensurb, de Fernando Marroni para Ernani Fagundes, que já ocupava a
Diretoria de Operações – função que ele irá acumular com a Presidência da
empresa. Marroni, que assumiu a gestão da empresa em junho de 2023, deixa o
cargo para disputar a eleição à Prefeitura de Pelotas.
Ernani Fagundes é graduado em Administração de Empresas pela Unisinos e
possui MBA em Gestão Empresarial pela Fundação Getúlio Vargas. Empregado da
Trensurb desde 1985, ele já passou pelos cargos de diretor de Administração
e Finanças, superintendente de Desenvolvimento Comercial e superintendente
de Desenvolvimento e Expansão – quando foi um dos responsáveis por coordenar
as obras de expansão da linha metroviária de São Leopoldo a Novo Hamburgo.
Também atuou nas prefeituras de São Leopoldo e Porto Alegre em funções de
gestão de transporte e mobilidade. Desde junho do ano passado, é diretor de
Operações da Trensurb.
O ato de transmissão de cargo aconteceu na sede da empresa no fim da tarde
de quarta-feira, com a presença de metroviários, gestores, convidados e
autoridades. Na ocasião, o agora ex-diretor-presidente Fernando Marroni
discursou, agradecendo inicialmente a confiança – e, nesse momento de crise
climática, a solidariedade e o trabalho – do presidente Luis Inácio Lula da
Silva e do ministro das Cidades, Jader Filho. Agradeceu também aos seus
familiares e, em seguida, lembrou que 5 de junho era o Dia do Meio Ambiente,
aproveitando para ressaltar o compromisso socioambiental da Trensurb, que
foi preocupação central de sua gestão. “Acho que essa é uma preocupação que
foi assumida pela Trensurb, enquanto Direção, no Plano de Negócios, para que
possamos continuar avançando na direção do futuro. A Trensurb é uma empresa
de futuro”, afirmou. Marroni destacou ainda os esforços da empresa para
retomar a circulação dos trens, de forma emergencial, numa operação que foi
batizada como “Trilhos Humanitários”. Disse também que sua saída estava
sendo muito difícil para ele, que gostaria de seguir na gestão da Trensurb,
mas que tem o compromisso de tentar ajudar sua cidade, a quem deve tudo que
conquistou na vida. Por fim, o ex-diretor agradeceu ao corpo funcional da
empresa, que lhe ensinou muito, e aos colegas de Direção, que sempre o
apoiaram, afirmando que a Trensurb irá se recuperar a partir da “preservação
da cultura, da inteligência e da capacidade técnica” de seus profissionais.
Ao fazer o uso da palavra, a diretora de Administração e Finanças, Vanessa
Rocha, fez referência à atual crise no Rio Grande do Sul e afirmou: “Sob a
gestão e a liderança do presidente Fernando Marroni, nós conseguimos salvar
a Trensurb”. Nesse sentido, ela destacou os esforços para mover os trens
para a via antes da enchente atingir a sede do metrô gaúcho, bem como o
trabalho para migrar equipamentos e bases de dados necessários ao
funcionamento da empresa para Brasília, além do crédito extraordinário
obtido junto ao governo federal, por medida provisória, que destinou R$
164,3 milhões aos trabalhos iniciais de restabelecimento da Trensurb.
“Retomamos a operação no espírito do presidente Lula, que é a união e a
reconstrução através dos nossos Trilhos Humanitários. Nós estamos
contribuindo para a reconstrução do Rio Grande”, afirmou Vanessa. Ao final
de sua fala, ela agradeceu o trabalho de Marroni na Presidência da empresa e
desejou muito sucesso ao novo diretor-presidente, que ela diz que “tem no
seu DNA a Trensurb”.
Ernani Fagundes iniciou seu primeiro discurso como diretor-presidente da
empresa relembrando o trabalho intenso para a retomada da operação do metrô:
“Do dia 3 de maio para cá, todos os dias, para nós, passaram a ser
segunda-feira, porque trabalhamos incansavelmente para chegarmos até o dia
30 e podermos ressignificar a Trensurb com a implantação e operação dos
Trilhos Humanitários, que, para minha satisfação, em uma semana – eu não
falo ‘transportaram’ – eles já ajudaram mais de 100 mil pessoas”. Por isso,
ele pediu uma salva de palmas para os empregados de todas as áreas da
empresa, que contribuíram para tornar isso possível. Em seguida, Fagundes
fez coro à diretora Vanessa, afirmando que Fernando Marroni ajudou a salvar
a Trensurb “durante a mais longa segunda-feira de nossas vidas”. Ao
agradecê-lo por seu trabalho, destacou sua tenacidade, conhecimento,
capacidade política e visão de futuro, voltada para o meio ambiente. Disse
que gostaria que Marroni permanecesse à frente da gestão da empresa, mas que
isso “seria um gesto de egoísmo de nossa parte”, afinal ele ajudaria muito
mais pessoas como prefeito de Pelotas. Por fim, Fagundes assumiu o
compromisso público de reconstruir e modernizar a Trensurb e, dirigindo-se
aos presentes, declarou: “Venham conosco e embarquem nessa plataforma de
união e reconstrução da Trensurb, do Rio Grande e do Brasil”.