Na última semana, o auditório da Trensurb recebeu o seminário “Desafios dos Povos Indígenas em Contexto Urbano”, alusivo ao Dia Nacional dos Povos Indígenas, celebrado em 19 de abril. O evento destinado ao público interno da empresa foi organizado pelo Núcleo de Apoio à Diversidade da estatal e contou com a participação dos caciques Moisés Kaingang e Cirilo Guarani. Na ocasião, foram abordadas as dificuldades cotidianas das populações indígenas nas cidades, além de questões como educação, futuro e luta por direitos. Os caciques também compartilharam com os metroviários um pouco de suas culturas e costumes.
Na abertura do seminário, realizado na quinta-feira (18), a diretora de Administração e Finanças, Vanessa Rocha, frisou o quão relevante é tratar do assunto dentro da empresa: “É muito importante trazer esses conhecimentos neste momento que a Trensurb vem vivendo, um ciclo de reconstrução em um novo tempo”. Ela também destacou a importância de se receber representantes dos povos indígenas para falar de sua realidade e trazer um resgate histórico. “Nossos povos originários são fundamentais para a nossa cultura”, afirmou.
Durante o evento, os caciques Moisés e Cirilo falaram de suas vivências e da realidade atual de vida e trabalho fora de suas aldeias, buscando melhores condições e direitos iguais para os seus povos. Falaram de questões relacionadas ao acesso à tecnologia e também do preconceito que sofrem por utilizarem os mesmos recursos que o restante da população. “Encontramos muita dificuldade de nos inserir nos locais. Se não reivindicarmos estar onde queremos, não conseguimos. Sempre surge a dúvida para as pessoas de como podemos contribuir, pelo fato de não pagarmos imposto, dando possibilidade de elas realizarem comentários de que temos alguns privilégios, mas até hoje não sei quais privilégios temos”, afirmou o cacique Moisés.
Outro tema tratado foi o acesso dos indígenas à educação. Sobre isso, o cacique Cirilo relatou que hoje sua aldeia conta com um espaço próprio para esse fim. “Para conseguir esse local, tivemos que batalhar muito. Hoje, conseguimos oferecer educação da nossa forma, de acordo com a nossa cultura. Sendo assim, não obrigamos ninguém a ir, pois obrigando nenhuma criança aprende”, explicou.
Membro do Núcleo de Apoio à Diversidade da Trensurb, Ceniriani Vargas foi responsável por mediar o seminário. Ela comentou que recentemente acompanhou uma manifestação de jovens indígenas, transmitida pelas redes sociais, reivindicando direitos e uma solução para possíveis alagamentos em sua aldeia. Eles tiveram sucesso em seus pedidos, porém Ceniriani lembrou: “Jovens dos povos indígenas, com acesso a celulares, tênis de marca, sofrem preconceito por terem esses materiais e ferramentas, e isso não deveria acontecer, pois não é por isso que deixam de ser indígenas”.
Durante o evento, também foi aberto um espaço para reflexão e perguntas, trazendo temas como costumes culinários e acesso à educação.
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